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São José do Rio Preto, 1 de Junho, 2010 - 1:10
Queimadas criminosas

Roberto de Carvalho Junior

 

Se já não bastasse a grande quantidade de monóxido de carbono presente no ar que respiramos, proveniente dos 200 mil veículos automotores que circulam em nosso sistema viário, e a presença do vírus Influenza A (H1N1), responsável pela transmissão da gripe suína, ainda temos que conviver com as queimadas criminosas que acontecem no perímetro urbano e áreas adjacentes de Rio Preto. No dia 13/5, o Diário publicou uma oportuna matéria sobre o assunto apresentando um dado estatístico assustador: o número de incêndios em terrenos baldios cresceu 91% no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2009. Eu mesmo sou testemunha disso! Quase que diariamente acordo com o nariz congestionado devido à chuva de fuligem que cai sobre a minha residência. Quase toda população rio-pretense esta sendo afetada por essa maldita fuligem preta, que, diga-se de passagem, contém partículas cancerígenas e nossas autoridades não fazem absolutamente nada para punir os responsáveis. Será que alguém acredita que esses incêndios são acidentais? De acordo com o tenente Yukio Kubo, do 13º Grupamento de Bombeiros de Rio Preto, em matéria publicada pelo Diário, essas queimadas geralmente são provocadas de forma voluntária. Além das tragédias ecológicas, a poluição do ar pode trazer sérias consequências para a saúde humana: problemas respiratórios, circulatórios, dor de cabeça, irritação da garganta, irritação dos olhos etc. A poluição do ar mata pelo menos 3 milhões de pessoas por ano. Se já não bastassem os mosquitos da dengue nos infernizando durante o dia quem já não viveu uma noite de sufoco, sem conseguir respirar direito por conta dessas queimadas? Quem já não ficou com os olhos vermelhos e irritados, ou nariz congestionado por causa da fumaça?

No período de maio a setembro, quando a umidade do ar diminui, os riscos de incêndio são maiores. É nessa época também que muitas pessoas vão ao médico para se queixar de problemas respiratórios que são agravados pela poluição do ar (leia-se fumaça das queimadas). Agora, então, com a chegada da gripe suína a população está baixando em peso nos postinhos de saúde e hospitais da cidade em busca de socorro. Tem dias que toda a cidade fica coberta de fuligem proveniente desses incêndios criminosos. Para piorar a situação, às vezes, a umidade relativa do ar apresenta índices abaixo de 20%, que já é considerado crítico. Se esse período de seca persistir e o nosso ar continuar sendo poluído por essas queimadas, nosso município corre o risco de entrar em estado de emergência. Essas coisas ainda acontecem devido a ignorância e o descaso com o meio ambiente, bem como a mesquinhez de alguns indivíduos que, para não pagar a capinação desses terrenos provocam incêndios para “limpar” o mato. Ninguém aguenta mais essa situação. E o pior é que a população conscientizada se sente impotente para fazer qualquer coisa. Vai reclamar para quem? Para o bispo? Só mesmo com as bênçãos de Deus alguém vai conseguir achar e punir os culpados. A população tem que se mobilizar no sentido de dar um basta nessas ações criminosas. Portanto, a qualquer sinal de fumaça deve-se avisar o Corpo de Bombeiros, imediatamente. Também é importante denunciar para que os infratores sejam punidos, assim estaremos ajudando a combater este crime (Lei Federal nº 9.605, fev 98 - Lei de Crimes Ambientais: Art. 41). No âmbito municipal existe a Lei nº 7.419, de 12 de abril de 1999, que não trata como crime, mas proíbe qualquer queimada na área urbana de São José do Rio Preto e prevê multa para os infratores, de dois salários mínimos (R$ 1.020, atualmente), com valor dobrado, em caso de reincidência. Além da colaboração dos cidadãos conscientizados, a Secretaria do Meio Ambiente e Urbanismo e o Ministério Público também deveriam colaborar no sentido de multar e incriminar esses indivíduos nefastos que estão acabando com a saúde da população e com o nosso meio ambiente.

ROBERTO DE CARVALHO JUNIOR
Mestre em Arquitetura e Urbanismo na área de Planejamento e Projeto de Assentamentos Humanos


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