Quinta Feira, 18 de Outubro de 2007 Edição nº 11945 18/10/2007  










GILSON DE BARROSAnterior | Índice | Próxima

Queimadas: vergonha internacional

Manchetes nos principais jornais do mundo inteiro destacavam que o nosso amado estado de Mato Grosso, mais uma vez, é o campeão mundial e nacional de queimadas.

Para uma cidade que é considerada “verde”, Cuiabá vem, ano após ano, sendo bombardeada durante três meses com uma fumaça tóxica que emporcalha o nosso ar, trazendo consigo um rastro de doenças respiratórias graves, pois dos milhares de hectares devastados pelo fogo, muitos são de fazendas que usam elementos químicos, que ninguém sabe as conseqüências para a nossa saúde.

O que mais impressiona a sociedade é o descaso com as queimadas, a falta de um plano de combate e punições aos criminosos, visto que todos os anos o mesmo roteiro se repete: O Parque de Chapada dos Guimarães aos poucos está sendo destruído, a Serra de São Vicente fica queimando por vários dias, a Serra Azul em Barra do Garças já está quase toda destruída, fora o que não temos conhecimento, que é destruído no interior do Estado, onde as matas, pontes e animais foram exterminados pelo fogo.

Para um Estado que luta para se tornar livre do rótulo de um estado destruído do meio ambiente, as queimadas nos levam praticamente à estaca zero.

Várias autoridades nacionais que nos visitam nessa época do ano, não conseguem entender a passividade da nossa gente ante essa grave ameaça à nossa saúde, pois 12% de umidade relativa do ar é um caso grave de saúde pública.

Essa nuvem negra que cobre o nosso Estado, como poucos sabem, descarrega no ar uma fumaça altamente tóxica, causando e agravando sérios problemas respiratórios, que só o tempo vai nos mostrar as conseqüências para a nossa saúde.

A inexistência e a lentidão de uma política a nível nacional, estadual e municipal no combate as queimada é o que mais choca a sociedade ou parte dela que se preocupa com o nosso planeta, pois é incompreensível não haver um plano preventivo, como por exemplo, a locação de helicópteros, aviões; convênio com o nosso respeitado exército brasileiro para apoiar, treinamento e contratação de brigadistas, maior apoio em equipamentos para o Corpo de Bombeiros, bem como buscar apoio de outras corpos de combate a incêndio em outros estados, isso porém tem que ser feito antes do fogo começar!!!

A imprensa, de maneira geral, tem sido uma parcela eficiente em denunciar o descaso com que são tratadas as queimadas em nosso Estado, e esperamos que a sociedade, entidade de classes e ONGs que cuidam do meio ambiente, entrem nessa difícil situação, pois se permanecemos limitados as atuais ações governamentais, dificilmente daqui a alguns anos, existirá mais o que queimar.

O mais trágico, para não dizer cômico, é que em 2008 tudo pode se repetir, e fica a nossa geração como a responsável em deixar um estado rico em pastagens e plantações, porém desértico e sem vida para os nossos filhos e netos.



* GILSON BARROS é mato-grossense, bacharel em Ciências Jurídicas



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